quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ultimo dia do ano de 2009.

No mundo há tanta aflição, tantos prantos, pessoas que perderam tudo no ultimo minuto.
Como também há tanta festa, tantos sorrizos, tanta abundância e fartura na mesa de muita gente.
Lá fora ouço fogos cortarem os céus, crianças brincando, e as varandas estão cheias, todos querem celebrar o ano novo.
Mas também posso ouvir bem baixinho, quase que como um sussurro, um grito abafado que está pedindo apenas um pedaço de pão, um cobertor, carinho, um lar...
Tanta miséria e desolação!
Onde estão os olhos dos que se preucupam com as futilidades?
Não enxergam a própria infelicidade.
Enquanto esbanjam soberba, outros imploram a misericórdia.
Cabe aos que possuem riquesa, compartilha-la com o próximo.
Horas, foi a esse propósito que Deus os permitiu tamanhas posses.
De que vale cerca-se do luxo, segurança e conforto?
Diga-me de que vale?
Se do portão pra fora, tantos seres humanos choram por não ter um teto para abrigarem-se nos temporais?
Se nas ruas encontram-se crianças perdidas aprisionadas pelas drogas e prostituição?
Se nos hospitais pessoas morrem por falta de socorro adequado?

Se existe a falta, e se você pode ser o anjo bom que acolhe...
Acolha! Estenda a mão...
Faça algo realmente notavel: ampare.
A caridade é a falta, então liberte-a ela existe dentro de cada um de nós.
Escolha ajudar, escolhar servir, escolha doar, escolha amar.
Faça a escolha mais importante de sua vida hoje, e começe o ano de 2010 da melhor maneira possível.
Seja mais tolerante, menos orgulhoso, procure entregar-se a cada momento...
Sonhe, inove, invente, exista, faça com que a sua presença no mundo não seja dispensável.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Minha solidão

















Quando estou só, posso ouvir no vento o meu silêncio me sufocando a cada segundo
Meu pranto derramo nas águas geladas que tocam meus pés
Ao longe vem ao meu encontro as lembranças de nós dois
Me aperta o peito estar tão distante de um dia feliz.


Perguntei pro mar, se podia levar você embora de mim
Respondeu-me demoradamente assim:
Afogo pessoas, mato esperanças...
Destruo cidades, faço desaparecer em fração de segundos milhares de vidas...
Mas o amor, esse nem a maior força do universo pode destruir.


Meus soluços cortam o ar
Minhas mãos frias tentam desesperadamente esquentar-me
Me escondi dentro de um sorriso falso
Ensaiei respostas como "sim", pra perguntas como "Você está bem?"


Mas é vã minha fuga
A dor de ter perdido você me encontra em qualquer lugar.
Minha solidão é tão sombria
E mesmo quando não estou só, me sinto sozinha.